28 janeiro 2017

Biologia populacional de plantas

John L. Harper

[Prefácio]
O primeiro artigo significativo em biologia de populações foi escrito por um botânico (Nägeli, 1874) e ignorado – o assunto se desenvolveu quase que inteiramente nas mãos de zoólogos. Preocupa-se com os números de organismos e com as consequências desses números. Lida com taxas de natalidade e mortalidade, imigração e emigração, com as consequências de taxas de crescimento exponencial, os processos de colonização e os estresses resultantes do adensamento. [...] A biologia de populações se desenvolveu como uma disciplina largamente zoológica, não porque todos os animais sejam fáceis de contar, mas sim porque as espécies deliberadamente escolhidas para estudo podem ser contadas com facilidade (e.g., drosófilas, lebres, ratinhos-do-campo, chapins). Sob muitos aspectos, as plantas são melhores como material para estudo de populações – plantas permanecem paradas enquanto são contadas, não havendo necessidade de capturá-las, abatê-las, persegui-las ou estimá-las.

Este livro tenta unir as partes do nosso conhecimento atual das plantas que poderiam ser relevantes à compreensão da biologia populacional delas. Está abundantemente ilustrado com exemplos da silvicultura e da agricultura, pois estas são as fontes da maioria dos fatos. Na ausência de um corpo teórico e prático coerente, oriundo da ciência básica, as ciências vegetais aplicadas desenvolveram a biologia populacional necessária ao manejo de populações comerciais de plantas cultivadas e árvores.

Fonte: Harper, J. L. 1977. Population biology of plants. Londres, Academic. Trecho extraído de Costa, F. A. P. L. 2017. O evolucionista voador & outros inventores da biologia moderna. Viçosa, Edição do Autor. [No prelo.]

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