03 agosto 2016

Limbo

Anderson Braga Horta

O que digo no poema
sepulta no limbo
das coisas impossíveis
aquilo que não disse
– e poderia? –
e já não direi.
O que não digo
apenas frisa,
elíptico,
a superfície do dizer.
E no entanto
nesse franzido é que palpita
– infinita –
            a Vida!

Fonte: poema publicado no livro De viva voz (2012) e republicado aqui com o devido consentimento do autor, a quem agradeço pela cortesia.

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