28 agosto 2016

Abastecimento de energia e contração muscular

Jürgen Weineck

No início de qualquer treinamento esportivo de maior intensidade, em que a necessidade de energia não pode ser suficientemente satisfeita de forma aeróbica – a demora inicial na absorção respiratória de oxigênio provavelmente é causada por uma resposta relativamente lenta do sistema circulatório para começar a trabalhar [...] –, o músculo é obrigado a obter a energia necessária, em parte, por meio de processos anaeróbicos.

A primeira reação que fornece energia é a quebra do ATP [...].

A quantidade de ATP na célula muscular é de aproximadamente 6 mmol por kg de massa muscular úmida [...] e é suficiente apenas para segundos, em contrações musculares máximas.
[...]

Quando uma carga dura mais de 1 minuto, a obtenção aeróbica de energia, que ocorre nas mitocôndrias, assume um progressivo papel dominante.
[...]

Ao contrário do que acontece na preparação anaeróbica de energia, aqui podem ser utilizadas, como portadoras de energia, além da glicose, também gorduras (na forma de ácidos graxos livres [...]) e, em casos de emergência (como fome ou carga de duração extrema), até proteínas (na forma de aminoácidos [...]).

É importante ainda salientar que a intensidade do trabalho muscular – e com isso a velocidade de contração da fibra muscular – modifica-se, dependendo do abastecimento possível de energia [...].

Fonte: Weineck, J. 2005. Biologia do esporte. 7ª ed. Barueri, Manole.

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