05 dezembro 2015

Fidedignidade dos testes

Heraldo Marelim Vianna

O desenvolvimento de qualquer atividade científica depende da perfeição dos seus instrumentos de medida. O problema, na área das ciências físicas, foi apresentado por Kelvin (1883), ao afirmar: “Quando se pode medir aquilo sobre o que se está falando e expressá-lo em números, algum conhecimento se possui; mas quando não se pode medi-lo, quando não se pode expressá-lo numericamente, o conhecimento é escasso e insatisfatório; pode ser um princípio de conhecimento, mas o pensamento, qualquer que seja o assunto, quase não progrediu na direção do estágio científico”.

O problema da mensuração e, consequentemente, o da perfeição das medidas, só passou a constituir objeto de preocupação das ciências do homem em dias mais recentes, inclusive na área educacional, com evidente prejuízo para o seu progresso.

As medidas educacionais são frequentemente usadas como ponto de partida para a formulação de julgamentos sobre o desempenho escolar dos estudantes e outros tipos de decisão, que afetam a sua vida e o seu futuro.

Esse julgamento, entretanto, carece de valor se não se baseia em elementos quantitativos merecedores de confiança, que, por sua vez, dependem do grau de confiança dos instrumentos utilizados. Sem instrumentos dignos de confiança (fidedignos) não são obtidos escores merecedores de confiança nem é possível expressar um julgamento que seja confiável [...].
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Fonte: Vianna, H. M. 1978. Testes em educação, 3ª ed. SP, Ibrasa.

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