31 outubro 2013

Só é meu

Marc Chagall

Só é meu
O país que trago dentro da alma.
Entro nele sem passaporte
Como em minha casa.
Ele vê a minha tristeza
E a minha solidão.
Me acalanta.
Me cobre com uma pedra perfumada.

Dentro de mim florescem jardins.
Minhas flores são inventadas.
As ruas me pertencem
Mas não há casas nas ruas.
As casas foram destruídas desde a minha infância.
Os seus habitantes vagueiam no espaço
À procura de um lar.
Instalam-se em minha alma.

Eis porque sorrio
Quando mal brilha meu sol.

Ou choro
Como uma chuva leve
Na noite.

Houve tempo em que eu tinha duas cabeças.
Houve tempo em que essas duas caras
Se cobriam de um orvalho amoroso.
Se fundiam como o perfume de uma rosa.

Hoje em dia me parece
Que até quando recuo
Estou avançando
Para uma alta portada
Atrás da qual se estendem muralhas
Onde dormem trovões extintos
E relâmpagos partidos.

Só é meu
O mundo que trago dentro da alma.

Fonte: Bandeira, M. 2007. Estrela da vida inteira. RJ, Nova Fronteira. Uma pintura de Chagall está aqui.

29 outubro 2013

O poeta

Fernando Mendes Vianna

Porque as flores florem e o flume flui,
e o vento varre a fúria vã das ruas,
eu desenfurno tudo quanto fui
e me corôo com meus sóis e luas.

Porque o vôo das aves é meu vôo,
e a nuvem é alcáçar que não rui,
paro a mó do pensamento onde môo
a vida, e abro no muro que me obstrui

a áurea, ástrea senda, a porta augusta.
Que me importa se a clepsidra corrói
as praças das infâncias em ruínas?

Poemas são meninos e meninas
ao sol do Pai, que tudo reconstrói.
Poeta é flor e flume em terra adusta.

Fonte: Nejar, C. 2011. História da literatura brasileira. SP, Leya. Poema publicado em livro em 1986.

27 outubro 2013

Internacionalismo proletário

Florestan Fernandes

Em um período histórico no qual o socialismo é posto em questão, em termos de cultura comercializada de massas e de marketing, é deveras importante invocar a figura de um revolucionário como Trotsky. Depois dos livros de Isaac Deutscher, não existem mistérios a desvendar. Além disso, o próprio Trotsky cuidou de sua biografia, em obras que se voltavam para a sua vida, a Revolução Russa – na qual teve participação decisiva – e a trajetória de suas lutas pós-revolucionárias, inclusive os desdobramentos da fundação e evolução da IV Internacional.

Dois temas devem ser ressaltados como ponto de partida. O primeiro refere-se à sua condição de intelectual brilhante e de revolucionário ardente. Um grande orador e agitador, era também das figuras mais cultas e refinadas quanto à erudição literária e ao saber filosófico do movimento revolucionário. O outro relaciona-se com algo típico. Os revolucionários russos romperam com suas origens sociais: seu desenraizamento era total. Não mantinham liames com a ordem social existente, seja a que prevalecia na Rússia, seja a que sustentava o esplendor da Europa. Marxistas experientes, estavam convictos de que a revolução deveria assumir proporções supranacionais e defendiam com ardor o internacionalismo proletário. Por isso, combatiam de forma implacável a autocracia czarista e todas as acomodações com a democracia burguesa que tivessem por objetivo a ‘melhoria’ das classes e da sociedade de classes. O apoio dado em 1905 e posteriormente à revolução burguesa continha o teor de um recurso tático.
[...]

Fonte: Fernandes, F. 1994. Trotsky e a revolução. In: O. Coggiola, org. Trotsky hoje. SP, Ensaio.

25 outubro 2013

Sonho de amor


Glennray Tutor (1950-). Dream of love. 2004.

Fonte da foto: Glennray Tutor.

23 outubro 2013

Morte longe de casa

Poh Pin Chin

1.
E então a morte...
Embora uns tantos
lampejos solitários
possam ainda percorrer
o interior da cabeça
ou os músculos dos membros,
as lembranças
já estarão todas
irremediavelmente perdidas.

2.
Já não importarão mais
as meias que vesti
naquela manhã radiante
com meus pais em Chomolungma,
nem o lugar exato
da folha rabiscada
que deixei ontem
no meio de uma pilha
sobre a mesa.

3.
Não sobreviverá nenhum
registro vivo,
excetuando-se, talvez,
as cicatrizes nos corpos
dos meus filhos...
Mas também essas
um dia serão apagadas
pela mesma lâmina
que agora pesa sobre mim.

4.
O sangue estanque deixará
de aquecer mãos e pés.
O corpo inerte e frio
logo será uma peça rija.
Envolto em lençol,
será então aquecido
pela última vez
até se converter em cinzas
pelas chamas vivas desta fogueira.

21 outubro 2013

Tão pouco

Czeslaw Milosz

Tão pouco eu disse
Curtos foram os dias.

Curtos foram os dias
As noites
Os anos.

Tão pouco eu disse
Não tive tempo.

Meu coração se cansou
Com o enlevo
O desespero
O fervor
A esperança.

As mandíbulas do Leviatã
Fecharam-se sobre mim.

Nu, deitado às margens
De ilhas desertas.

Levou-me consigo ao abismo
A baleia branca do mundo.

E agora
Já não sei
O que era real ou não.

Fonte: Freire, C. 2004. Babel de poemas: uma antologia multilíngüe. Porto Alegre, L&PM. Poema publicado em livro em 1969.

19 outubro 2013

Presente do indicativo

Vasco Graça Moura

entro na cozinha. ela está no meio dos legumes,
lava e enxuga folhas tenras de alface, endívias
de oblonga contextura, corta a cebola às
rodelas, pica um ramo de coentros,
hesita um pouco sobre o roquefort, é certeira no vinagre e no sal,

e prudente no azeite, o ovo cozido espera a sua vez e a
saladeira aguarda na mesa junto aos azulejos brancos.
ela procura os talheres de madeira na gaveta,
pede-me qualquer coisa, a lâmina reluz sobre a tábua, perto do pão.
a preparação da salada requer vários gestos precisos

e uma poética discreta nos brilhos frisados, nos
paladares, pela janela chegam os ruídos da rua,
campainhas de bicicleta, ressaltos de uma bola.
o cão dormita no sofá. uns versos populares comparam
os olhos dela a azeitonas pretas.

Fonte: Silva, A. C. & Bueno, A., orgs. 1999. Antologia da poesia portuguesa contemporânea. RJ, Lacerda Editores. Poema publicado em livro em 1987.

17 outubro 2013

Em busca do inconsciente

Jonathan Miller

1.
Foi com um ceticismo mal-humorado que o cirurgião escocês James Braid compareceu a uma demonstração pública de Magnetismo Animal na noite de 13 de novembro de 1841. Depois de tudo o que lera e ouvira sobre os transes ocorridos durante tais demonstrações por ordem do operador – a pessoa que induzia os transes –, conta-nos ele que estava “definitivamente propenso a alinhar-se com aqueles que consideravam a coisa toda um sistema de burla e charlatanice, ou fruto de imaginação excitada, simpatia ou imitação”. Após observar os fatos, concluiu que os transes eram genuínos, mas ao mesmo tempo sentiu-se aliviado “por não dependerem eles de nenhuma atuação ou emanação comunicada pelo corpo do operador ao do paciente, como pretendem os magnetizadores animais”. Voltou à demonstração quando foi repetida a pedido do público, uma semana depois, e dessa feita achou que havia identificado a causa dos acessos misteriosamente pontuais do “sono nervoso”. Iria devotar os 18 últimos anos de sua vida ao assunto, e, com o título patenteado de Hiptonismo, explicar e redescrever o processo em termos que seriam irreconhecíveis para seu descobridor setecentista, Franz Anton Mesmer.
[...]

Fonte: Miller, J. 1997. Em busca do inconsciente. In: Silvers, R. B., org. Histórias esquecidas da ciência. RJ, Paz e Terra.

15 outubro 2013

Dezenove do oito de mil novecentos e setenta & quatro


Não entendo nada desta janela fechada
que me aperta a culpa
Doer não dói mais,
nem sangra –
Consegui o que queria:
ser despedida, ficar perdida
falida & alone
olhando o papel da Comédia.
Sei que me chamam Bel
Mel de paixão
sugado da boca louca
de onde sangra o coração
e chora a hora
do leito vazio
da falta de peito
do jeito do beijo
fácil, difícil, sutil.

A verdade é que vivo a mil
sonhando a morte em azul-anil.

Fonte: Hollanda, H. B., org. 2001 [1976]. 26 poetas hoje, 4ª edição. RJ, Aeroplano.

13 outubro 2013

Rosquinha


Ralph Goings (1928-). Donut. 1995.

Fonte da foto: Ralph Goings.

12 outubro 2013

Aniversário de sete anos

F. Ponce de León

Neste sábado, 12/10, o Poesia contra a guerra completa sete anos no ar (2006-2013). Ao fim do expediente de ontem, o contador instalado no blogue indicava que 223.793 visitas haviam sido registradas nesse período.

Ao longo dos últimos 12 meses, foram ao ar textos de 104 novos autores, além de outros que já haviam sido publicados antes – ver ‘Aniversário de seis anos’ e balanços anteriores. Eis a lista com o nome dos estreantes:

A. César de Freitas, Abgar Renault, Alan R. Longhurst, Alceu Wamosy, Alex Polari, Alfred Russel Wallace, Álvaro Alves de Faria, Anneli Lax, Antioco Casula, Arcângelo R. Buzzi, Arthur C. Guyton, Auta de Souza e Autran Dourado;

Ben Patrusky, Bernardo Vieira Ravasco, Bruce Fellman e Bueno de Rivera;

Chairil Anwar e Craig Silvey;

Daniel Pauly, Daniel Varujan, Dennis Fry e Detlev von Liliencron;

Eduardo Galeano, Eduardo Guimaraens, Eduardo Prado de Mendonça, Emiliano Perneta, Enzo Tiezzi, Eric E. Conn e Eugene P. Odum;

Félix Guattari, Finn Wold, Fiódor Dostoiévski e François Villon;

Gary W. Barrett, George Dennison, George Pólya, Gustave Flaubert e Gustavo Adolfo Bécquer;

H. Dobal;

Imre Lakatos;

James F. Sutcliffe, Jane Austen, Jayme Ovalle, Jim Seals, Joan Maragall, John Alcock, John Denver, John E. Hall, John Napier, Jorge Medauar, Jorge Tufic, José Albano, José Elói Ottoni e Juó Bananère;

K. H. de Josselin de Jong;

Lara de Lemos, Lila Ripoll, León Gieco, Luigi Fiorentino e Luís Rey;

Manoel Jairo Bezerra, Maranhão Sobrinho, Mariana Botelho, Mário Novello, Maynard Solomon, Michael J. Benton, Mircea Eliade e Moacir Scliar;

Nicolas Witkowski e Nigel Harris;

Oliver Friggieri;

Paul K. Stumpf, Paul L. Meyer, Paulo Setúbal, Pedro Dantas, D. Pedro de Alcântara, Peider Lansel, Penrhyn W. Coussens, Peter Lax, Pethion de Villar, Piero Pasolini e Pierre Broué;

Renata Pallottini, Richard E. Leakey, Richard J. Chorley, Richard Wrangham, Robert Kanigel, Roger G. Barry e Rosalía de Castro;

Samantha Rugen, Samuel Berstein, Seyyed Hossein Nasr, Sidney Morgenbesser, Sosígenes Costa, Sousa Caldas e Stephen Budiansky;

T. Lobsang Rampa, Tasso da Silveira, Tobias Barreto e Tom Garrison;

Walmir Ayala e William Bronk; e

Yahya Kemal.

Cabe ainda registrar que no mesmo período foram publicadas imagens de quadros de 33 pintores, a saber: Adrien Dauzats, Antoine-Jean Gros, Ary Scheffer e Aubrey Beardsley; Barnett Newman, Bartholomeus Spranger e Bartholomeus van der Helst; Carl Larsson e Charles Edward Perugini; Eastman Johnson, Elizabeth Shippen Green, Emil Carlsen e Émile Bernard; Franz von Stuck; Gabriël Metsu, Giuseppe de Nittis e Giuseppe Maria Crespi; Hans Thoma; Ivan Shishkin; J. Alden Weir; Jessie Willcox Smith e John William Waterhouse; Lucas Cranach, o Velho; Maximilien Luce e Mikhail Nesterov; Paul Sérusier, Paul Signac, Pierre-Joseph Redouté e Pontormo; Raimundo de Madrazo y Garreta, Robert Vonnoh e Robert Walter Weir; e Wilhelm Leibl.

10 outubro 2013

Coração numeroso

Carlos Drummond de Andrade

Foi no Rio.
Eu passava na Avenida quase meia-noite.
Bicos de seio batiam nos bicos de luz estrelas inumeráveis.
Havia a promessa do mar
e bondes tilintavam,
abafando o calor
que soprava no vento
e o vento vinha de Minas.

Meus paralíticos sonhos desgosto de viver
(a vida para mim é vontade de morrer)
faziam de mim homem-realejo impertubavelmente
na Galeria Cruzeiro quente quente
e como não conhecia ninguém a não ser o doce vento mineiro,
nenhuma vontade de beber, eu disse: Acabemos com isso.

Mas tremia na cidade uma fascinação casas compridas
autos abertos correndo caminho do mar
voluptuosidade errante do calor
mil presentes da vida aos homens indiferentes,
que meu coração bateu forte, meus olhos inúteis choraram.

O mar batia em meu peito, já não batia no cais.
A rua acabou, quede as árvores? a cidade sou eu
a cidade sou eu
sou eu a cidade
meu amor.

Fonte: Moriconi, I., org. 2001. Os cem melhores poemas brasileirosdo século. RJ, Objetiva. Poema publicado em livro em 1930.

08 outubro 2013

Por ser o que não sou é que padeço

Jorge Medauar

Por ser o que não sou é que padeço.
Padeço em existir quase alternado
Entre tudo que tenho e não mereço.
E o que mereço, nunca me foi dado.

Assim, o que não digo, reconheço
Ser o que mais por mim foi meditado.
O que revelo é paga – apenas preço
Do que também a mim foi ocultado.

Se esse existir se parte entre dois gumes
Posso ver pela noite vaga-lumes
E dizer que são luzes nos caminhos.

Maldito o que me vê como não sou:
Podendo dar-lhe mel. apenas dou,
Ocultos, entre pétalas, espinhos.

Fonte: Nejar, C. 2011. História da literatura brasileira. SP, Leya.

07 outubro 2013

Mito e realidade

Mircea Eliade

1.
Há mais de meio século, os eruditos ocidentais passaram a estudar o mito por uma perspectiva que contrasta sensivelmente com a do século 19, por exemplo. Ao invés de tratar, como seus predecessores, o mito na acepção usual do termo, i.e., como ‘fábula’, ‘invenção’, ‘ficção’, eles o aceitaram tal qual era compreendido pelas sociedades arcaicas, onde o mito designa, ao contrário, uma ‘história verdadeira’ e, ademais, extremamente preciosa por seu caráter sagrado, exemplar e significativo. Mas esse novo valor semântico conferido ao vocábulo ‘mito’ torna o seu emprego na linguagem um tanto equívoco. De fato, a palavra é hoje empregada tanto no sentido de ‘ficção’ ou ‘ilusão’, como no sentido – familiar sobretudo aos etnólogos, sociólogos e historiadores de religiões – de ‘tradição sagrada, revelação primordial, modelo exemplar’.
[...]

Fonte: Eliade, M. 1972 [1963]. Mito e realidade. SP, Perspectiva.

05 outubro 2013

Agonia do coração

Auta de Souza

Estrelas fulgem da noite em meio
Lembrando círios louros a arder...
E eu tenho a treva dentro do seio...
Astros! velai-vos, que eu vou morrer!

Ao longe cantam. São almas puras
Cantando à hora do adormecer...
E o eco triste sobe às alturas...
Moças! não cantem, que eu vou morrer!

As mães embalam o berço amigo,
Doce esperança de seu viver...
E eu vou sozinha para o jazigo...
Chorai, crianças, que eu vou morrer!

Pássaros tremem no ninho santo
Pedindo a graça do alvorecer...
Enquanto eu parto desfeita em pranto...
Aves, suspirem, que eu vou morrer!

De lá do campo cheio de rosas
Vem um perfume de entontecer...
Meu Deus! que mágoas tão dolorosas...
Flores! Fechai-vos, que eu vou morrer!

Fonte (primeira e segunda estrofe): Martins, W. 1978. História da inteligência brasileira, vol. 5. SP, Cultrix & Edusp. Poema publicado em livro em 1900, com a dedicatória ‘A Maria Carolina de Vasconcellos’.

03 outubro 2013

Retrato de uma criança


Eastman Johnson (1824-1906). Portrait of a child. 1879.

Fonte da foto: Wikipedia.

01 outubro 2013

O princípio da propriedade emergente

Eugene P. Odum & Gary W. Barrett 

Uma conseqüência importante da organização hierárquica é que, à medida que os componentes, ou subconjuntos, se combinam para produzir um todo funcional maior, emergem novas propriedades que não estavam presentes no nível inferior. Por conseguinte, uma propriedade emergente de um nível ou unidade ecológica não pode ser prevista com base no estudo dos componentes desse nível ou unidade. Outra forma de expressar o mesmo conceito é a propriedade não redutível – ou seja, uma propriedade do todo não é redutível da soma das propriedades das partes. Embora descobertas em qualquer nível auxiliem no estudo do próximo nível, nunca explicam completamente os fenômenos que ocorrem no próximo nível, o qual deve ser estudado por si só para completar o panorama.
[...]

Salt (1979) sugeriu uma distinção entre propriedades emergentes, como previamente definido, e propriedades coletivas, que são o somatório dos comportamentos dos componentes. Ambos são propriedades do todo, mas as propriedades coletivas não envolvem características novas ou únicas resultantes do funcionamento da unidade como um todo. A taxa de natalidade é um exemplo de propriedade coletiva do nível de população, pois é a soma dos nascimentos de indivíduos em um período de tempo determinado, expressa como uma fração ou percentual do número total dos indivíduos na população. As novas propriedades emergem porque os componentes interagem, não porque a natureza básica dos componentes é modificada. As partes não se “fundem” do modo que se encontram, mas se integram para produzir novas propriedades únicas. Pode-se demonstrar matematicamente que as hierarquias integrativas evoluem mais rápido tendo como base seus constituintes do que sistemas não hierárquicos com o mesmo número de elementos; são também mais resilientes na resposta às perturbações. Em teoria, quando as hierarquias são decompostas em seus vários níveis ou subsistemas, os últimos podem ainda interagir e reorganizar-se para atingir um nível mais alto de complexidade.
[...]

Fonte: Odum, E. P. & Barrett, G. W. 2007. Fundamentos de ecologia, 5ª edição. SP, Thomson.

eXTReMe Tracker