31 janeiro 2013

Barco silencioso

Yahya Kemal

Chegada a hora de levantar âncoras,
Um barco com destino desconhecido parte deste porto.
Toma seu caminho como se não tivesse nenhum passageiro.
Nesta partida não se move nenhum lenço, nenhum braço.
Os que ficaram no cais, angustiados pela viagem,
Dias e dias olham o horizonte negro com olhos úmidos,
Os corações inconsoláveis.
Não é o último barco que se vai,
Não é a última dor desta vida sofrida.
No mundo os que amam ou já amaram em vão esperam.
Não sabem que os seres queridos que se foram jamais voltarão.
Todos os que partiram devem estar contentes, nas suas novas paragens.
Passaram-se muitos anos, mas ninguém voltou dessa viagem.

Fonte: Freire, C. 2004. Babel de poemas: uma antologia multilíngüe. Porto Alegre, L&PM. Poema publicado em livro em 1961.

29 janeiro 2013

Como a fumaça mata?

Stephen Budiansky

O fogo no quarto 404 começou como tantos outros incêndios, um cigarro ateando fogo numa cadeira estofada. Os ocupantes do quarto escaparam sem ferimentos, mas doze outros hóspedes do Westchase Hilton Hotel, de Houston, morreram aquela noite em conseqüência do incêndio, embora as chamas de modo algum tivessem ido além do quarto 404. Como quase seis mil americanos que morrem a cada ano devido a incêndios, eles foram vítimas da fumaça, não do fogo.

Na verdade, oitenta por cento das mortes em incêndio são resultado de inalação de fumaça, mas os pesquisadores têm muitas perguntas a fazer sobre o que existe na fumaça que mata. “Não sabemos até hoje e nunca saberemos o que foi, na verdade, que matou todas aquelas pessoas em Houston”, diz Gordon Vickery, ex-chefe do Corpo de Bombeiros dos Estados Unidos e presidente da Fundação de Segurança Contra o Fogo, com sede em Arlington, Virgínia.

O mistério é que o monóxido de carbono, o suposto vilão, não o é neste caso. Pelo menos, não sozinho. O monóxido de carbono é um gás inodoro e incolor que se desprende de quase tudo que queima; quando inalado, combina-se com a hemoglobina do sangue, evitando que esta transporte o oxigênio vital às células do corpo. No incêndio de Houston, apenas duas das doze vítimas receberam algo próximo a doses letais de monóxido de carbono no sangue. Alguma outra coisa contribuiu para as mortes.

Um dos suspeitos é o ácido cianídrico, mais conhecido como o elemento mortal das câmaras de gás. O ácido cianídrico é produzido quando materiais que contêm nitrogênio, tais como lã – ou modernos materiais de construção tais como poliuretano e náilon – queimam. Uma investigação do incêndio de Houston pela Fundação de Segurança Contra o Fogo associou a presença de cianeto nas veias das vítimas aos tapetes de náilon e cobertores, ao carpete à base de poliuretano e às almofadas das cadeiras. Embora os níveis de cianeto estivessem acima do normal em todas as vítimas de Houston, os mesmos chegaram a níveis claramente letais em apenas duas das vítimas, ambas crianças.

Um outro suspeito – na realidade suspeito de cumplicidade – é o ácido hidroclorídrico emitido pela combustão do vinil. Quando inalado, este ácido muito forte corrói os tecidos dos pulmões e da garganta. Pode ser que os efeitos combinados desses dois gases e possivelmente de outras substâncias, não tão bem identificadas, fossem os reais causadores dessas mortes por inalação de fumaça.
[...]

Fonte: Leigh, J. & Savold, D., orgs. 1991 [1988]. O dia em que o raio correu atrás da dona-de-casa... e outros mistérios da ciência. SP, Nobel.

27 janeiro 2013

A rainha do Egito




John William Waterhouse (1849-1917). Cleopatra. 1888.

Fonte da foto: Wikipedia.

25 janeiro 2013

Oração ao Negrinho do pastoreio

Augusto Meyer

Negrinho do Pastoreio,
Venho acender a velinha
Que palpita em teu louvor.

A luz da vela me mostre
O caminho do meu amor.

A luz da vela me mostre
Onde está Nosso Senhor.

Eu quero ver outra luz
Na luz da vela, Negrinho,
Clarão santo, clarão grande
Como a verdade e o caminho
Na falação de Jesus.

Negrinho do Pastoreio
Diz que você acha tudo
Se a gente acender um lume
De velinha em seu louvor.

Vou levando esta luzinha
Treme-treme, protegida
Contra o vento, contra a noite...
É uma esperança, queimando
Na palma da minha mão.

Que não se apague este lume!
Há sempre um novo clarão.
Quem espera acha o caminho
Pela voz do coração.

Eu quero achar-me, Negrinho!
(Diz que você acha tudo!)
Ando tão longe, perdido...
Eu quero achar-me, Negrinho:
A luz da vela me mostre
O caminho do meu amor.

Negrinho, você que achou
Pela mão da sua Madrinha
Os trinta tordilhos negros
E varou a noite toda
De vela acesa na mão
(Piava a coruja rouca
No arrepio da escuridão,
Manhãzinha, a estrela d’alva
Na voz do galo cantava,
Mas quando a vela pingava,
Cada pingo era um clarão),
Negrinho, você que achou,
Me leve à estrada batida
Que vai dar no coração!

Ah! os caminhos da vida
Ninguém sabe onde é que estão!

Negrinho, você que foi
Amarrado num palanque,
Rebenqueado a sangue pelo
Rebenque do seu patrão,
E depois foi enterrado
Na cova de um formigueiro
Pra ser comido inteirinho
Sem a luz da extrema-unção,
Se levantou saradinho,
Se levantou inteirinho:
Seu riso ficou mais branco
De enxergar Nossa Senhora
Com seu Filho pela mão!

Negrinho santo, Negrinho,
Negrinho do Pastoreio,
Você me ensine o caminho,
Pra chegar à devoção,
Pra sangrar na cruz bendita
Pelo cravos da Paixão.

Negrinho santo, Negrinho,
Quero aprender a não ser!
Quero ser como a semente
Na falação de Jesus,
Semente que só vivia
E dava fruto enterrada,
Apodrecendo no chão.

Fonte: Meyer, A. 2002. Melhores poemas de Augusto Meyer. SP, Global. Poema publicado em livro em 1928.

23 janeiro 2013

Prole augusta de Davi

José Elói Ottoni

Prole augusta de Davi
Salomão, Rei d’Israel,
Transmite aos homens a luz
Neste compêndio fiel;

Aonde o simples desenho
De parábolas ensina
Os meios, que desenvolvem
Sapiência, e disciplina.

As palavras da prudência,
A erudição da verdade,
Com que a doutrina produz
Justiça, Juízo, equidade.

Astúcia o simples aprenda,
Consiga o moço ser velho
Na ciência, que resulta
Do entendimento, e conselho.

O sábio ouvindo é mais sábio;
Na do governo lição
O inteligente consegue
O dom da penetração.

As parábolas discute,
D’enigmas doutos, e sérios
O nó sutil desatando,
Desata ocultos mistérios.

No santo temor de Deus
Começa a Sabedoria:
Os insensatos desprezarão
O clarão, que os alumia.

Ouve, meu filho, a doutrina,
Em que teu Pai te gerou:
Não abandonas a Lei,
Que tua Mãe te ensinou.

Como enfeite do pescoço,
Ou da cabeça ornamento,
Assim colherás as flores,
E frutos do entendimento.

Se os pecadores dolosos
Te atraírem com afagos,
Foge, meu filho, da rede,
Que trama ocultos estragos.

Se te disserem: façamos
Correr sangue de repente,
Vem conosco d’emboscada,
Vamos trair o inocente.

Devoremo-lo ainda vivo,
Como o Inferno, que devora,
Tombe inteiro em fosso escuro,
Sem deixar vestígio fora;

Nossas casas serão cheias
De substância preciosa,
Faremos bolsa comum,
Não tardes, aceita, e goza;

Ah! não te iludas, meu filho,
Evita, e foge a ocasião:
A companhia dos maus,
É quem perverte a razão,

Correndo pelos caminhos
Da espaçosa iniquidade,
Fartam a sede no sangue
Da infeliz humanidade.

Pressente o pássaro a rede,
Que viu de longe lançar;
O Justo encara o perigo,
E foge sem vacilar.

Grita o sangue do inocente,
Paga o ímpio de uma vez,
À custa da própria vida,
Todos os males, que fez.

Assim tropeça a ilusão,
Tal é o impulso violento,
Que nos caminhos da fraude
Sorve a paixão do avarento.

Nas praças públicas soa
A voz fiel que nos guia:
Em qualquer parte que estamos
Nos falta a Sabedoria.

Aparece como a Luz,
Singela, e nua a verdade,
Nas assembleias do povo
Nos alpendres da Cidade.

Filhos, diz ela, até quando
Desprezareis a Ciência,
Nutrindo a infância, que é louca,
No regaço da imprudência?

Convertei-vos à doutrina,
Que vou dou por correção:
O meu espírito acenda
Em vós a luz da razão.

Por lei do sábio Arquiteto
Os abismos se romperão:
Líquidas gotas de orvalho
Na terra as nuvens verterão.

Ah! não deixes de teus olhos
Esta doutrina escapar:
A lei, meu filho, e o conselho
Constante deves guardar.

Eis a vida da tua alma,
Do teu pescoço o ornamento:
Os teus pés irão seguindo
A marcha do entendimento.

Se dorme o Sábio tranquilo,
Tu dormirás sem temor,
A paz é o sono da vida,
A vida é o prêmio de amor.

Desta armadura vestido,
Não te pode acometer
Súbito horror da desgraça,
Nem dos ímpios o poder.

Assim terás a teu lado
O Senhor, que te defenda;
Guiando-te o pé seguro
De rede, ou laço, que o prenda.

Nunca te oponhas à mão
Do benfeitor, se te apraz,
Procura, quando poderes,
Fazer o bem, que ele faz.

Se o teu amigo padece,
Não tarde, que o tempo foge:
Amanhã talvez não faças,
O que podes fazer hoje.

Não lhe maquines o mal,
Presta à virtude o abrigo,
Que a boa-fé lhe assegura
Na confiança d’um amigo.

Não provoques a injustiça
D’uma ação, que te desmente;
Autor d’iníquo processo
Não chames réu o inocente.

Jamais do injusto o prazer
Te sirva de emulação:
Evita sempre os caminhos,
Que têm por Norte a ilusão.

O Autor, e Luz da verdade
Qualquer engano abomina,
Despreza, abate o orgulho;
Ao simples é que ele ensina.

Quando a indigência nos ímpios
Descarrega a indignação,
As bênçãos do Céu recaem
Do justo na habitação.

Pague o louco, que escarnece,
Sofrendo escárnio também:
A graça é quem distribui
O prêmio, que os mansos têm.

C’roa-se o sábio de glória,
Porque um dia se humilhou:
O insensato se confunde,
Do nada a que s’exaltou.

Fonte (estrofes 30-33): Martins, W. 1978. História da inteligência brasileira, vol. 2. SP, Cultrix & Edusp. Poema publicado em livro em 1815.

21 janeiro 2013

As três ecologias

Félix Guattari

O planeta Terra vive um período de intensas transformações técnico-científicas, em contrapartida das quais engendram-se fenômenos de desequilíbrios ecológicos que, se não forem remediados, no limite, ameaçam a implantação da vida em sua superfície. Paralelamente a tais perturbações, os modos de vida humanos individuais e coletivos evoluem no sentido de uma progressiva deterioração. As redes de parentesco tendem a se reduzir ao mínimo, a vida doméstica vem sendo gangrenada pelo consumo da mídia, a vida conjugal e familiar se encontra freqüentemente “ossificada” por uma espécie de padronização dos comportamentos, as relações de vizinhança estão geralmente reduzidas a sua mais pobre expressão...

É a relação da subjetividade com sua exterioridade – seja ela social, animal, vegetal, cósmica – que se encontra assim comprometida numa espécie de movimento geral de implosão e infantilização regressiva. A alteridade tende a perder toda aspereza. O turismo, por exemplo, se resume quase sempre a uma viagem sem sair do lugar, no seio das mesmas redundâncias de imagens e de comportamento.

As formações políticas e as instâncias executivas parecem totalmente incapazes de apreender essa problemática no conjunto de suas implicações. Apesar de estarem começando a tomar uma consciência parcial dos perigos mais evidentes que ameaçam o meio ambiente natural de nossas sociedades, elas geralmente se contentam em abordar o campo dos danos industriais e, ainda assim, unicamente numa perspectiva tecnocrática, ao passo que só uma articulação ético-política – a que chamo ecosofia – entre os três registros ecológicos (o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana) é que poderia esclarecer convenientemente tais questões.
[...]

Fonte: Guattari, F. 1990. As três ecologias. Campinas, Papirus.

19 janeiro 2013

Biblioteca


Giuseppe Maria Crespi [‘Lo Spagnolo’] (1665-1747). Libreria musicale. 1725.

Fonte da foto: Web Gallery of Art.

17 janeiro 2013

Da senzala...


De dentro da senzala escura e lamacenta
aonde o infeliz
de lágrimas em fel, de ódio se alimenta
tornando meretriz

A alma que ele tinha, ovante, imaculada
alegre e sem rancor;
porém que foi aos poucos sendo transformada
aos vivos do estertor...

De dentro da senzala
aonde o crime é rei, e a dor – crânios abala
em ímpeto ferino;

Não pode sair, não,
um homem de trabalho, um senso, uma razão...
e sim, um assassino!

Fonte: Souza, C. 2001. Os melhores poemas de Cruz e Souza, 2ª edição. SP, Global. Poema publicado em livro em 1905.

15 janeiro 2013

Solidão

Abgar Renault

O rio se entristece sob a ponte.
Substância de homem na torrente escura
flui, enternecimento ou desventura,
misturada ao crepúsculo bifronte.

Antes que débil lume além desponte,
a sombra, que se apressa, desfigura
e apaga o casario em sua alvura
e a curva esquiva e sábia do horizonte.

Os bois fecham nos olhos os arados,
o pasto, a hora que tomba das subidas.
Dorme o ocaso, pastor, entre as ovelhas.

Sobem névoas dos vales fatigados
e das árvores já enoitecidas
pendem silêncios como folhas velhas.

Fonte: Nejar, C. 2011. História da literatura brasileira. SP, Leya.

13 janeiro 2013

Aos lustres

Eduardo Guimaraens

Suspensos, nos salões, dos tetos decorados,
que de arabescos orna o gesso alvinitente,
ó lustres de cristal, enganadoramente
ao mesmo tempo sois sonoros e calados.

Pesados, dais, no entanto, às pompas do ambiente,
onde há ricos painéis entre florões dourados,
a mais aérea graça; e os olhos deslumbrados
sentem que os cega o vosso encanto reluzente.

Que o silêncio ao redor guarde a fragilidade
translúcida que sois: e ouçam-se quase a medo
os rumores quaisquer que em torno a vós se formem!

Toquem-vos docemente a sombra, a claridade...
Nem se turbe jamais, ó lustres, o segredo
das vibrações que em vós musicalmente dormem!

Fonte: Ricieri, F., org. 2008. Antologia da poesia simbolista e decadente brasileira. SP, Ibep. Poema originalmente publicado em 1908.

12 janeiro 2013

Setenta e cinco meses no ar

F. Ponce de León

Neste sábado, 12/1, o Poesia contra a guerra completa seis anos e três meses no ar. Ao fim do expediente de ontem, o contador instalado no blogue indicava que 193.118 visitas foram registradas ao longo desse período.

Desde o balanço mensal anterior – Seis anos e dois meses no ar – foram aqui publicados pela primeira vez textos dos seguintes autores: Álvaro Alves de Faria, Bueno de Rivera, Dennis Fry, Joan Maragall, John Denver, Sousa Caldas e Tasso da Silveira. Além de alguns outros que já haviam sido publicados em meses anteriores.

Cabe ainda registrar a publicação de imagens de obras dos seguintes pintores: Barnett Newman, Giuseppe de Nittis e Pontormo.

10 janeiro 2013

Vida e obra de George R. Price (1922-1975)


Em termos estritamente biológicos, o altruísmo pode ser entendido como um padrão de comportamento no qual a ação de um indivíduo resulta em benefícios para um segundo indivíduo, mesmo quando isso implica prejuízo imediato ao praticante da ação. Há uma rica e variada literatura de divulgação sobre o assunto, também em português – por exemplo, A formiga e o pavão (Cronin, 1995), O animal moral (Wright, 1996) e As origens da virtude (Ridley, 2000).

Em 2010, a editora nova-iorquina W. W. Norton lançou The price of altruism (O preço do altruísmo), o último livro de Oren Harman, historiador da ciência e professor universitário em Israel. Trata-se de uma biografia do cientista estadunidense George Price, tendo como pano de fundo a história dos estudos sobre o altruísmo, desde meados do século 19 aos dias de hoje.

O grande mérito do livro de Harman e, penso eu, a razão do seu sucesso, é seu personagem central. A despeito de feitos científicos notáveis e de uma trajetória de vida das mais intrigantes, Price segue sendo um personagem virtualmente desconhecido, não só do público leigo em geral, mas dentro da própria comunidade científica. Afinal, quem foi George Price e que legado ele nos deixou?

*

O químico George Robert Price nasceu em Nova York, em 6 de outubro de 1922, e faleceu em Londres, na primeira semana de janeiro de 1975. Estudou na Universidade de Chicago, onde concluiu a graduação em química (1943) e uma pós-graduação (1946). Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou no chamado Projeto Manhattan, empreendimento científico-militar do governo dos EUA que estava desenvolvendo a primeira bomba atômica. Foi lá que conheceu Julia Madigan, com quem se casou em 1947. O casal teve duas filhas, mas se divorciou em 1955.

Em 1966, Price foi operado para remoção de um câncer na tireoide. A cirurgia deixou sequelas – um de seus ombros ficou parcialmente paralisado. Em novembro de 1967, com o dinheiro que recebeu do seguro-saúde, largou o confortável emprego que tinha na época e mudou-se sozinho para Londres. Estudou por conta própria sobre vários assuntos ao mesmo tempo, atrás de inspiração. Terminou fixando sua atenção na teoria evolutiva. Ficou particularmente interessado em questões relacionadas ao altruísmo – afinal, se a seleção natural é o principal ‘motor’ da evolução, não deveria o egoísmo biológico ser um fenômeno ainda mais evidente e universal? Como explicar o surgimento e a manutenção do cuidado parental em tantas espécies animais? Mais especificamente, como o cuidado parental poderia ter-se estabelecido na espécie humana? Como explicar a origem de grupos familiares?
[...]

Fonte: Costa, F. A. P. L. 2012. O preço do altruísmo. História, Ciências, Saúde – Manguinhos 19(4): 1352-5. Um PDF do artigo (~60 kb) pode ser capturado aqui.

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