09 junho 2009

Guia do observador de nuvens

Gavin Pretor-Pinney

[Introdução]
Sempre adorei ficar olhando as nuvens. Não há nada igual na natureza no que diz respeito a sua variedade e carga dramática; nada se compara a sua beleza efêmera, sublime.

Se um glorioso pôr-do-sol formado por nuvens Altocumulus se espalhasse pelos céus apenas uma vez a cada geração, certamente o fenômeno se transformaria numa das principais lendas de nossa época. E, no entanto, a maioria das pessoas mal parece reparar nas nuvens ou, então, as vê simplesmente como um empecilho para a constituição de um ‘perfeito dia de verão’, um pretexto para sentir-se melancólica. Ao que parece, não existe nada mais deprimente do que ‘uma nuvem no horizonte’.

Há alguns anos, concluí que esse lamentável estado de coisas não poderia de modo algum continuar a vigorar. As nuvens merecem muito mais do que serem consideradas apenas uma metáfora para um destino funesto. Alguém precisava sair em defesa das nuvens.
[...]

Fonte: Pretor-Pinney, G. 2008. Guia do observador de nuvens. RJ, Intrínseca.

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