07 novembro 2008

Ensaio sobre o princípio da população

Thomas Malthus

1.
As grandiosas e inesperadas descobertas nos últimos anos na filosofia natural, a difusão crescente do conhecimento geral da extensão da arte de imprimir, o ardente e desinibido espírito de investigação que predomina em todo o mundo letrado e iletrado, as novas e extraordinárias luzes lançadas sobre os temas políticos que deslumbram e surpreendem a compreensão e, em particular, o tremendo fenômeno no horizonte político, a Revolução Francesa, que, como um cometa incandescente, parece destinado a inspirar com uma nova vida e vigor ou incendiar e destruir os habitantes receosos da Terra – tudo isto concorreu para induzir em muitos homens lúcidos a opinião de que entrávamos num período repleto das mudanças mais importantes, mudanças essas que seriam, de certo modo, decisivas do futuro destino da humanidade.

Afirmou-se que se acha lançada a grande questão, sobre se o homem passará a deslocar-se em velocidade acelerada em direcção ao ilimitável e, portanto, para o progresso inconcebido, ou estará condenado a uma oscilação perpétua entre a felicidade e o infortúnio, e, após cada esforço, continuar a uma distância incomensurável do alvo almejado.
[...]

Fonte: Malthus, T. R. s/d [1798]. Ensaio sobre o princípio da população. Lisboa, Publicações Europa-América.

0 Comentários:

Postar um comentário

<< Home

eXTReMe Tracker